Concluindo a primeira parte de uma história que promete render 7 volumes ao total (oferecendo inclusive um impactante epílogo), este terceiro livro se apresenta como um grande divisor de águas. Trazendo algumas respostas surpreendentes à perguntas que julgávamos já terem sido respondidas, A Tormenta de Espadas é o melhor da saga até aqui. O autor volta a acertar a mão e retoma o equilíbrio entre os capítulos que havia sido tão fragilizado no volume anterior. Falando francamente, eu não me lembro de nenhum capítulo que não fosse relevante para o contexto geral, algum que estivesse ali “só para encher lingüiça”. E olha que este é o maior dos três livros.
A primeira grata surpresa de A Tormenta de Espadas encontra-se na escolha de Jaime Lannister como um dos retratados pelos capítulos deste livro. É muito mais interessante quando o autor escolhe um personagem já conhecido previamente do que quando inclui um inédito, como foi o caso de Davos anteriormente. Não que Davos seja ruim, longe disso, mas é que o livro perde muito tempo apresentando o personagem para o público enquanto a história corre num ritmo mais rápido nos outros capítulos. Fora que o leitor ganha a oportunidade de fazer uma completa releitura do personagem, agora que tem o ponto de vista dele.
E é exatamente isso que acontece com Jaime Lannister. Acostumados desde o primeiro livro a enxergar a história predominantemente através dos olhos dos Stark, nós imediatamente concebemos Jaime (junto com todo o restante dos Lannisters, com exceção óbvia de Tyrion) como o mais inescrupuloso dos homens, um completo cafajeste sem honra alguma. Que grande surpresa a nos depararmos com o que é visto neste A Tormenta de Espadas, onde Jaime não apenas expõe toda as suas motivações para ter feito o que fez no passado como também nos faz aceitá-lo como ser humano. É claro que o Regicida não é nenhum santo, mas também não é aquele vilão todo que achávamos. O que levanta fascinantes questões: Os Lannisters são assim tão maus? Será que são eles os verdadeiros vilões desta história? Será que existe algum vilão nesta história?
Outra grata “também já conhecida” adição em A Tormenta de Espadas é Samwell Tarly. Estando Jon momentaneamente afastado da Patrulha, seu gorducho amigo se revela como o personagem ideal para contar o que está acontecendo por aquelas bandas. E finalmente coisas bastante relevantes estão acontecendo por lá (aliás, coisas catastróficas!). Também perambulando por ali, Bran segue sua jornada junto com os irmãos Reed rumo ao encontro do misterioso corvo de três olhos com o qual tanto sonha, e seu destino é o mais enigmático de todos os personagens.
Enquanto Arya vive suas costumeiras aventuras pelas estradas de Westeros, pouca coisa muda para Sansa, uma vez que conseguiu se livrar do compromisso com Joffrey apenas para cair em outro infeliz casamento. E se Robb teve desempenho excelente nas batalhas, infelizmente acaba não demonstrando a mesma habilidade nas questões extra-campo.
Mas quem finalmente diz a que veio mesmo em A Tormenta de Espadas atende pelo nome de Daenerys Targaryen. A Filha da Tormenta afinal começa a mexer as suas peças. Fortalecendo-se até as unhas, Dany se apresenta como uma verdadeira rainha, em nada lembrando a menina frágil que sofria nas mãos do irmão mais velho. Demonstrando sabedoria na escolha entre correr riscos (Dracarys!) ou enxergar suas próprias limitações, Dany é com certeza a personagem que mais amadureceu ao longo desses três livros.
Porém nem o acordar do dragão consegue superar a maravilhosa virada na história que acontece da metade para o fim do livro. Martin pega o leitor completamente desprevenido e muda permanentemente o jogo de uma hora para outra. Confesso que tive que reler para atestar se eu estava entendendo direito aquele capítulo, porque é algo tão arrepiante que chega a superar o final do primeiro livro. Simplesmente extraordinário.
George R. R. Martin realmente não tem pena alguma de ninguém.
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Compre um Pikachu e controlará o choque.
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eu comtrolo o ar a agua ea terra eo fogo eu pedi para deus esses elemento eu o bedessi ele e ele mideu os quatro elemetos fazem isso tam bem ah e não é só eu e meu amigo tam bem
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Maneiro, rafael. Só falta agora o coração pra você poder chamar o capitão planeta.
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eu comtrolo o ar ea terra ea agua eo fogo eu tam bem qeria comtrolar o choque
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